Natureza até a última ponta...

até onde vai o limite do ter e não viver?
represar o que a natureza construiu
esse crescimento desordenado
tudo por juros, e fui eu que jurei?

crise essa de estética
pra manter seus ricos menos pobres?
eu colônia bancando seu luxos
quem consome quem?

cigano

ando pelo mundo, cirandeio
faço dele o curso, alumeio

nessa fogueira de cores
sofri por tantos amores
me vi cantando as dores
cigano eu, pra ti flores

No olhar à Noite

No seu olhar da noite,
naquela encontrei
a luz que ensina,
me inspira a crescer


pele do entardecer
fez meu coração ao Sol bater
para amanhecer a Lua novamente
e a noite poder te ver.

nas ondas

na busca d'um porto
balanço no mar
não sinto mais morto
volto a navegar

num balanço meio tolo
quem sabe chego lá!

Magrela

magrela me alegra
me magrela a alegrar...

TESUCE

Foi-se a sombra

viajem ao centro da Terra
busca do Eu
Ser um, todos Um
o ponto Centro

Espalhe luz
foi-se a...

energize animal
vim ao mundo do meio

O passo partido

queria a honra, a compania
para este samba até de dia,
do passo sei, nem posso dar
as tais palavras, dizer te amar

se faz presente a tantos olhos
os corações já todos seus,
partido, a música a acalentar
eu vi sentido o tambor cantar

o tal cavaco, ali semblante
chorava ao teu violão errante
não poder lhe ensinar enfim
o passo desse triste amante!

amar é foda

amor com foda-se
se foda com amor.
amor confundido?
como fodido o amor.
amor foda é foda com amor!
quão fudidos estamos...

aquilo que a gente sente

com a cabeça no ontem
aquele olho, amarelo o Sol de hoje
aquele silêncio, aquela vontade,
aquilo que a gente sente
é frio mas é quente!

questione e use

questionar é preciso
viver a melhor maneira
entregar-se nunca ao sistema
usar suas brechas
para fazer o bem

ócio!

o ócio, cio!
o mesmo, esmo!
tranquilo, aniquilo?
travado ao caso.

me estima

booora jogar confete na vida
que a estima ja nao se alta
que a vida auto mutila
se enfila os sentimentos
se sente os ensinamentos
respiro da solidão
de tanto querer A mão!

parecia e era

coração ja bateu,
algo se esqueceu, não!
talvez pesado demais pra aguentar
era tesouro mas não era ouro,
enriquecia a alma, essa tão despreparada pra suportar levar...
parecia prum tolo que não soube amar...

passou!

a Lua que não a vi, a vista não vislumbrada, a compania não abraçada,
a pele não se encostou, o vento que não, foi sentido!
a noite que não vivi...

25 anos

meio de um todo ou meio da metade?
velho ou novo, o antigo moderno,
pensamentos, reflexões, mas há ainda aquela energia...

aquela vontade de mudar o mundo, de mudar as pessoas...

a vontade das pessoas, por mais sentimento e menos consumo por consumir...

é, me sinto mais velho mas sei que há tantas coisas pra aprender...

desejo mais das pessoas e menos de mim esse ano!