sexta-feira, 27 de abril de 2018

Oco

Onde tudo se perdeu?
Foi a crise? A culpa? A cobrança?
Onde tudo se rendeu?
Foi o medo? Acomodamento?
Estático!

A brisa que não tocava pele, nem arrepia...
o calor incomodante da inanição, sem perdão...
o chão que não treme nem faz pisar adiante...
a chuva não vem curar quem sonha perene,
vão...

Elementos de uma soma que só subtrai,
tantos desencontros, tantos espaços vazios,
tantas barreiras invisíveis...
mesmo assim só a dor, mesmo assim só o amor...

Pensava eu em porto mas era barco
que se pôs a navegar
Eu em porto fiquei assistindo esperando esperar,
mas até quando? eu despertar...