terça-feira, 21 de junho de 2016

Pescado

O peixe só nada,
buscando menores a devorar
maiores a lhe abocanhar

olhos azuis a te mirar
mas quão fundo foste
medo da superfície
apegado ao lodo, insiste

escamas sentem ondas
sinal de agitação n'água
essa tão turva,
tempos sem tormenta

o curioso se torna pesca
saído do anzol, não mexe
os olhos te acalmam, entorpecem

o peixe não debateu,
nem sequer se esqueceu,
de tanto amor faltou ar,
morreu.

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