segunda-feira, 16 de maio de 2022

Tinto

 A tinta branca apaga

as mãos pela casa,

as marcas de lembrança.

Doem, chore, vai!

A cada faixa afroito

Respiro e deixo posto,

ver a última vez.

Marcar na lembrança,

o que apaguei na parede.

Pintar de branco o que vivemos.

Preparar casa onde não podemos.

Onde vamos parar?

Onde pousar?

O pássaro em alçapão,

só pensa em voar...

Me atravessou a tinta branca

Onde existia cor, amor e dor...

Começar o dia...


Nenhum comentário: